QUEM POVOOU PETRÓPOLIS?
Hoje
trazemos o estudo de algumas famílias de colonos que não se
perpetuaram até o presente, ou que seus descendentes mudaram de
residência para outras cidades, ou que não conseguimos localizar
por terem, por linha feminina, trocado o nome original pelo ancestral
genro do colono alemão, cujo nome de família não conhecemos.
CAPALO
O
nome com que assina o colono Cristoph Capola é CAPALO. Entretanto
nos registros paroquiais de alguns descendentes, o nome vem corrigido
à margem do assento de batismo para Capola. Preferimos usar a grafia
Capalo.
Cristoph
recebeu em aforamento 2 prazos: o primeiro prazo, n. 3816 (registro
n. 798) estava situado no quarteirão Darmstadt, com testada para o
rio Lallemant, com uma área de 15.100 braças quadradas, no dia
11/9/1854; o segundo prazo foi-lhe aforado a 25/9/1856 – prazo n.
1203 (registro n. 905) estava situado no quarteirão Bingen com
testada para o Rio Piabanha, com uma área de 5582 braças quadradas,
prazo este que permutou com Heirich Horsche (proprietário do n.
..3826??).
Em
25/2/1908, Francisco de Sá e Manuel Cecílio Afonso Torres registram
a compra do prazo 3816 que fizeram ao herdeiro Jorge Capalo.
SUA
FAMÍLIA
Cristoph
Capalo nasceu em 1808 e fal. Petrópolis 26/7/1883, casado na
Alemanha por volta de 1834 com Maria Bárbara (Capalo)., n. em 1807 e
fal. Petrópolis 23/4/1886. Pais de:
I –
1. Georg Capalo, n. na Alemanha em 1835 e ainda vivo em 1908, quando
vende sua propriedade, sem mais notícia.
I –
2. Marie Sophie Capalo, n. Künn, Coblença, Alemanha em 1837 e fal.,
casada Petrópolis 31/1/1865 com Joaquim Bernardes, n. Itapemerim
1833 e fal., fâmulo1
de Pedro José Berbardes. Pais de:
II
– 1. Sofia Capola, n. Rio de Janeiro em 1862 e fal., casada
Petrópolis 6/5/1882 com Jacob Husch, n. 1852 e fal., filho de Peter
Husch e Anne Marie (Husch). Ver família HUSCH.
II
– 2. Elisa Bernardes, n. 16/3/1866 e fal., casada 18/2/1882 com
Daniel Vieira Dias n. Estrela, RJ, em 1853 e fal., filho de Antônio
Joaquim Dias e Tomazia de Jesus.
II
– 3. Alfredo Bernardes, n. 8/9/1874 e fal.
II
– 4. Alice Bernardes, n. 4/12/1878 e fal., casada 17/9/1898,
Augusto Correa dos Santos, n. em 1868 e fal., filho de Manuel Correa
dos Santos e de Virgínia Rosa.
CASTOR
Ao
colono Philipp Castor foi dado em aforamento o prazo 1802 (título n.
574) no quarteirão Renânia Central, fazendo testada com o rio
Quitandinha e com 5570 braças quadradas de área, no dia 6 de
setembro de 1848. Somente a 27 de janeiro de 1896 é que foi o dito
prazo dividido entre os herdeiros, filhos e enteados.
SUA
FAMÍLIA
Philipp
Castor, n. na Alemanha em 1808 e fal. Petrópolis 29/6/1857, casado
por volta de 1848 com Anne Marie Lucas (ibidem Maria Catharine Huhn,
ou Marie Anne Huhn), n. em 1822 e fal. Petrópolis 29/12/1868 (já
casada 2ª vez em ?/1/1861 com Johann Neumann II), filha de Jacob
Lukas e de Anne Gertraud Huhn. Pais de:
I –
1. Maria Ana Castor, n. 25/6/1849 e fal., casada com Peter Hoelz. Sem
mais notícias.
I –
2. Nicolau Castor, n. 26/10/1850 e fal.
I –
3. João Castor, n. 9/11/1851 e fal., casado 1/1/1881 com Amélia
Augusta Lopes, n. Petrópolis 1866 e fal., filha de José Antônio
Lopes e de Florina Rosa da Conceição.
I –
4. Ana Maria Castor, n. 23/8/1855 e fal.
I –
5. Cristina Castor, n. 19/9/1857 (póstuma, após a morte do pai) e
fal., casada Petrópolis 21/4/1877 com Prudêncio José de Siqueira,
n. Magé, RJ, em 1856 e fal., filho der José Joaquim de Siqueira e
de Alexandrina Maria Lima.
DAHLEM
A
1º de março de 1854 fpo aforado em nome do colono Peter Dahlem o
prazo de terras n. 1413 (registro n. 757) situado no quarteirão
Renânia Central com testada para o rio Quitandinha e com 5.390
braças quadradas de superfície. A 23/7/1878 tendo caído em
comisso2
foi reaforado passando o registro a ter o n. 1767.
SUA
FAMÍLIA
Peter
Dahlem, n. na Alemanha por volta de 1813 e fal. antes de 1862, casado
em Oberheimbach, Alemanha, em 1843 com Elisabeth Poss, nascida em ??
e fal. em ??, de quem teve 4 filhos, pelo menos:
I –
1. Catharine Dahlem, n. Oberheimbach em 1844 e fal., casada em
7/9/1862 com Franz Müller, n. em Dietbach, bisp. Treves, Alemanha em
1842 e fal., filho do colono Jacon Müller e de Juliane Catharine
Hermann. Com filhos. Ver família MÜLLER.
I –
2. Sofia Dahlem, n. Petrópolis 1850 e fal., casada Petrópolis
1/2/1869 com Antônio de Lemos Vasconcelos, n. Barcelos, Braga,
Portugal, em 1842 e fal., filho de José da Silva e de Josefa Cândida
de Faria Brandão.
I –
3. Ana Helena Dahlem, n. Petrópolis em 1854 e fal., casada 12/8/1875
com João José Dias, n. São Paio de Vila Verde, Braga, em 1848 e
fal., filho de Bento José Dias e de Ana Maria Gonçalves.
I –
4. Bernardo Dahlem, n. 27/11/1858 e fal.
DEBALD
Esta
família é muitas vezes confundida com a família Theobald, com a
qual não tem a menor ligação de parentesco. Peter Debald recebeu
aforamento a 21/11/1878 o prazo 1223 (registro n. 1779) e vendeu o
mesmo a 18/2/1884 a Maria Madalena Schanuel Dias. Este prazo estava
situado no quarteirão Bingen, fazia testada para o rio Piabanha, e
tinha 12.562 braças quadradas de superfície.
SUA
FAMÍLIA
Peter
Debald nasceu em 1812 na Alemanha e fal. em Petrópolis 15/5/1897,
casou-se provavelmente em Appenheim, Hesse-Darmstadt em 1836 com
Elisabeth Achmitt, n. ?/ e fal. ?? Pais de:
I –
1. Anne Marie Debald, n. Appenheim em 1837 e fal., casada 11/1/1859
com Johann Peter Theisen n. Alemanha em 1834 e fal., filho de Mathias
Theisen e de Marie Catharine Zirves. Ver família THEISEN.
I –
2. Elisabeth Debald, n. Appenheim em 1840 e fal., casada Petrópolis
7/3/1859 com Peter Delvo, n. Herrmannskeil em 1835 e Marie Susanne
Schneider, com filhos. Ver família DELVO.
I –
3. Margarida Debald, n. Petrópolis 1847 e fal., casada 1ª vez
13/10/1867 com Johann Loos, n. Erbesbundesheim 1843 e fal. Petrópolis
16/4/1868, filho de Johann Loos e Elisabeth Nachbar. Ver família
LOOS. Casada 2ª vez 15/10/1871 com Pedro Kappaum. Ver família
KAPPAUM.
I –
4. Conrado Frederico Debald, n. 12/7/1850 e fal. esmagado por uma
carroça 7/1/1883, casado ?/6/1870 com Rosina Exel, n. 19/3/1851 e
fal. 23/9/1905, filha de Christiam Exel e de Bárbara Weyer (casada
2ª vez com Aloys Stadler). Pais de:
II
– 1. Pedro Debald, n. 8/9/1873 e fal.
II
– 2. Cristiano Debald, n. 10/6/1876 e fal.
II
– 3. João Debald, n. 9/7/1878 e fal.
II
– 4. Augusta Guilhermina Debalb, n. 10/9/1880 e fal., casada
4/11/1901 com João Mebus, n. 1880 e fal., filho de Pedro Miguel
Mebus e de Ana Maria Finkennauer.
II
– 5. Conrado Debald, n. 13/7/1883 e fal.
QUEM POVOOU PETRÓPOLIS?
Carlos G. Rheingantz
Presidente
do Colégio Brasileiro de Genealogia e Membro do Instituto Histórico de
Petrópolis e do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
Tribuna
de Petrópolis, 09 – jul – 1981 – Página 5
NOTAS:
1Fâmulo:
servo, criado, caudatário, pessoa que presta serviços domésticos.
2O
comisso tem origem na primeira forma de aquisição da
propriedade agrária no Brasil, ou seja, o regime sesmarial (1531),
na qual o sesmeiro recebia o domínio útil da terra sem precisar
pagar. No entanto, deveria preencher alguns requisitos:
I. Ocupar a terra;
II. Ter moradia habitual;
III. Tinha que cultivar a
terra;
IV. Demarcar os limites
territoriais da área recebida;
V. Pagar os tributos.
Aquele que não cumprisse os
referidos requisitos era penalizado, caía em comisso. Ou seja, quem
caísse em comisso perdia a terra para o governo que a redistribuía
ou se tornavam terras devolutas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário